Papa Leão expressa dor por ataque à Igreja Católica na RD Congo
Por meio de um telegrama, o Pontífice manifestou profunda dor pelo ataque à Paróquia Bem-Aventurada Anuarite, na RD Congo, que deixou cerca de quarenta mortos, e pediu a Deus que “o sangue desses mártires seja semente de paz, reconciliação, fraternidade e amor para todo o povo congolês.”
Thulio Fonseca - Vatican News
Em um telegrama assinado pelo cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, o Papa Leão XIV manifestou profunda consternação e dor pelo violento ataque ocorrido na Paróquia Bem-Aventurada Anuarite, em Komanda, na província de Ituri, na República Democrática do Congo. O atentado, ocorrido durante uma celebração, resultou na morte de aproximadamente quarenta pessoas.
“Com consternação e profunda aflição”, diz a mensagem dirigida a dom Fulgence Muteba Mugalu, presidente da Conferência Episcopal Nacional do Congo (CENCO), o Santo Padre "se une ao luto das famílias e da comunidade cristã gravemente atingidas, manifestando-lhes sua proximidade e assegurando-lhes sua oração".
Leão XIV recorda que “essa tragédia nos convida ainda mais a trabalhar pelo desenvolvimento humano integral da população ferida desta região. Sua Santidade implora a Deus para que o sangue destes mártires seja semente de paz, reconciliação, fraternidade e amor para todo o povo congolês.”
Ao final da mensagem, o Papa concede sua Bênção Apostólica à Paróquia Bem-Aventurada Anuarite de Komanda, em particular às famílias enlutadas, bem como a todos os filhos e filhas da República Democrática do Congo e à nação como um todo.
O massacre
O trágico ataque ocorreu na madrugada de domingo, 27 de julho, quando militantes das Forças Democráticas Aliadas (ADF), grupo armado de origem ugandesa com vínculos com o Estado Islâmico, invadiram a igreja durante um momento de oração e mataram brutalmente cerca de quarenta fiéis com facões e armas de fogo. O episódio faz parte de uma longa série de massacres cometidos pelas ADF na região leste do Congo, onde o grupo atua com crescente violência contra civis, destruindo casas, incendiando comércios e deixando rastros de morte. Autoridades locais e internacionais condenaram o atentado e reafirmaram a urgência de proteger os locais de culto e garantir a liberdade religiosa.
Amazônia: frades menores em missão na diocese de Cruzeiro do Sul, no Acre
A Conferência dos Frades Menores do Brasil e Cone Sul (CBMByConoSur) realizou uma missão envolvendo frades de todas as 12 entidades que a compõem: 9 no Brasil e as outras na Argentina, Paraguai e Chile. Foi a primeira vez em sua história uma missão do gênero e o lugar escolhido foi a Amazônia Brasileira.
Frei Gustavo Wayand Medella
Pela primeira vez em sua história, a Conferência dos Frades Menores do Brasil e Cone Sul (CBMByConoSur) realizou uma missão envolvendo frades de todas as doze entidades que a compõem: nove no Brasil, duas na Argentina-Paraguai e uma no Chile. O lugar escolhido foi a Amazônia Brasileira, na Diocese de Cruzeiro do Sul, no Acre, extremo Noroeste do Brasil. Foram ao todo 18 frades, a maioria dentre os Secretários para Evangelização e Missão das entidades, além de outros frades convidados e do atual Presidente, Frei Fernando Aparecido dos Santos, Custódio da Custódia do Sagrado Coração de Jesus, com Sede em Franca, no interior de São Paulo. Cruzeiro do Sul é a segunda cidade em população do Estado do Acre. A área da Diocese é composta por diferentes municípios, numa imensa extensão de terra e grandes cursos de água que compõem as principais interligações para as Comunidades mais distantes. As grandes distâncias e a pouca infraestrutura para transporte e comunicação, além das questões socioambientais, estão entre os grandes desafios para a Evangelização na Região.
Os frades chegaram no dia 18 de junho, véspera do feriado de Corpus Christi, em voo proveniente de Brasília, com escala em Rio Branco (AC). Foram acolhidos pelo Bispo Diocesano, Dom Flávio Giovaneli e, nos dois primeiros dias, além de participar da Procissão do Santíssimo Corpo de Cristo, puderam conhecer um pouco da realidade do município-sede da Diocese. A cidade se destaca por algumas ladeiras íngremes e pelo grande número de motos que circulam pelas ruas. A presença dos rios também é notável e, no tempo de cheia, algumas áreas são alagadas. Por isso, muitas casas já são construídas sobre palafitas, pequenos troncos de madeira que dão mantém a moradia suspensa do chão. Nestas épocas, os moradores destas regiões precisam trocar as motos, carros e bicicletas por canoas.
Na sexta-feira, dia 20 de junho, os missionários se dividiram em grupos menores de dois ou três e foram enviados a diferentes realidades. Alguns pegaram um bom trecho de estrada em condições difíceis, outros tiveram de lançar mão de transporte fluvial, em canoas e barcos, outros ainda se utilizaram de quadriciclos para vencer a lama e o buraco das trilhas de acesso mais complicado. Nada disso lhes tirou a alegria. Puderam conhecer e participar do dia a dia do povo simples, caminharam e visitaram muitas casas, especialmente de pessoas doentes e acamadas. Conheceram comunidades ribeirinhas e tribos indígenas. Puderam contribuir na formação de lideranças, nas celebrações litúrgicas e na administração dos sacramentos. Passaram cerca de uma semana nos campos de missão e voltaram com muitas histórias para contar, lições aprendidas e algumas picadas dos insetos da Floresta.
Além de todo o trabalho de campo, os missionários também tiveram um tempo de qualificada e fraterna convivência com o Bispo e diversos presbíteros do clero local, cultivando um espírito de mútua pertença eclesial e senso de colaboração. Para o Bispo Diocesano, Dom Flavio, a presença Franciscana na Diocese é motivo de alegria e de muita esperança:
“Para nós foi uma bênção, porque tivemos vários dias de animação em diversas comunidades. Também vivemos um tempo de profunda renovação espiritual, tanto para a Diocese quanto para os frades que, desde início, vieram ao nosso encontro com a intenção de se doar e também de receber”, explicou.
A programação foi bastante intensa e incluiu ainda encontros formativos em diferentes áreas, visitas a escolas, hospitais e outras unidades de saúde, participação dos novenários em diferentes comunidades, presença na Rádio e outros meios de comunicação da Diocese, momentos de passeio e lazer para conhecer alguns pontos turísticos da região. Eventos envolvendo a juventude também fizeram parte do programa: houve encontros específicos para esta faixa etária, uma atividade de Evangelização em praça pública e uma Caminhada Franciscana que marcou o encerramento da Missão. A repercussão das diferentes atividades nas Redes Sociais e a participação ativa dos jovens ligados à Pastoral da Comunicação (PASCOM) também foram marcas deste tempo missionário. Na opinião do jovem Zaqueu de Oliveira Rocha, da Paróquia Nossa Senhora da Glória, a presença dos frades deixou uma marca de alegria na Diocese: “Eles nos ensinaram muitas cantigas e também nos apresentaram a História de São Francisco. Vivemos uma experiência incrível”, declarou.
Na homilia da Missa de encerramento, celebrada ao fim da Caminhada Franciscana, na Matriz da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, no dia 29 de junho, Solenidade de São Pedro e São Paulo, Frei Fernando, presidente da CFMByConoSur, destacou os bons frutos que os frades já estavam colhendo a partir da experiência missionária: “Como franciscanos, irmãos menores, com nossa presença alegre, simples e comprometida, desejamos ser testemunhas do Reino mesmo nos lugares mais longínquos, mas não menos importantes. Pois, a esperança não é ilusão, é decisão. É enxergar o invisível, confiar no improvável, insistir no bem. Com vocês aprendemos mais ainda a semear e a colher esta esperança com paciência e fé, obedecendo até mesmo os cursos e o tempo dos rios, vossas riquezas. (…) De uma coisa estejam certos, para nós, os frutos já começam a despontar por tudo que isso significou em nossas vidas, e significará para as nossas entidades e para a nossa Conferência do Brasil e Cone Sul”, declarou.
Como gesto de gratidão, os frades preparam um breve vídeo a partir de lembranças e impressões guardaram deste tempo de missão, cujo texto dizia: “Na terra onde o Sol dorme mais tarde, nós descobrimos que a esperança não cochila. Ela segue companheira, silenciosa e fiel, dirigindo os pés e o coração de um povo que, tendo muito ou pouco, sabe repartir o que tem. A mesa, o teto, a estrada, a canoa, a alegria e, é claro, a esperança. Nestes quase quinze dias aqui na Diocese de Cruzeiro do Sul, nós podemos dizer que tomamos um verdadeiro “Banho de Evangelho” por onde passamos. As visitas, bênçãos, encontros, celebrações, viagens e refeições serviram para confirmar em nós a certeza de que quem caminha junto caminha melhor e chega mais longe. Encontramos uma Igreja viva, valente, generosa e disposta a superar os desafios com criatividade e empenho. Nosso tempo de missão está chegando ao fim. Sei que parece repetitivo, mas precisamos mais uma vez dizer: sem dúvida, vamos embora levando conosco muita coisa boa, bem mais do que deixamos. Diante de tantas bênçãos, o que não poderíamos esquecer de deixar, é a nossa imensa e profunda gratidão à amada Diocese de Cruzeiro do Sul”.
As missões da Conferência em Cruzeiro do Sul nasceram de um sonho que foi construído a partir de muito diálogo e integração, sempre com espírito orante e muito discernimento. Além de Dom Flávio e Frei Fernando, também compuseram a comissão organizadora Frei Edgar Alves, da Província do Santíssimo Nome, Secretário de Evangelização de Conferência até março deste ano, e Padre Benedito Ferreira, Ecônomo da Diocese de Cruzeiro do Sul. A missão foi concluída in loco. No entanto, pelas manifestações intensas de ambas as partes, dos frades e do povo de Cruzeiro do Sul, muitos frutos ainda devem vir pela frente.
Papa a peruanos: que o Jubileu não fique apenas nas fotos. Sejam missionários
No início do Jubileu da Juventude, Leão XIV concedeu uma audiência especial a um grupo de peregrinos do Peru, país onde foi bispo.
Bianca Fraccalvieri - Vatican News
O Papa Leão XIV recebeu em audiência na manhã desta segunda-feira, 28 de julho, uma delegação de jovens peruanos que veio a Roma para participar do Jubileu da Juventude.
O Pontífice agradeceu ao grupo, mas também às suas famílias, por terem apoiado a vinda dos jovens "com grandes sacrifícios, para tornar possível esta viagem tão esperada".
Em seu discurso, o Santo Padre comentou o Evangelho de hoje, que narra duas parábolas: a do pequeno grão de mostarda e a do fermento. São dois elementos quase insignificantes, comentou o Papa, todavia, com a força de vida que levam em si podem se transformar, crescer e servir ao fim para o qual foram criados.
"Também nós somos pequenos, mas não estamos sós. O Senhor quis que fôssemos parte de uma grande família, a Igreja. Incorporados a ela em Cristo, como os cachos à videira, podemos crescer e dar frutos, ajudados pela graça do Senhor."
Momento de ternura na audiência (@Vatican Media)
Amar e servir
E o Jubileu dos Jovens é isto, acrescentou o Papa, fazer a experiência de se sentir parte do povo de Deus, da Igreja universal, que abarca e abraça toda a Terra, sem distinção de raça, língua ou nação, "espalhando-se como a árvore de mostarda e fermentando como o fermento".
"Queridos jovens, gostaria que tudo o que viverem durante estes dias permaneça sempre em seus corações, mas que não guardem isso só para vocês. Isto é muito importante: o que viverem aqui que não guardem só para si. Temos que aprender a compartilhar. Por favor, que tudo isso não fique apenas como uma lembrança em belas fotos, algo do passado. Gostaria que, quando voltarem ao Peru, inundassem aquelas terras com a alegria e a força do Evangelho, com a Boa Nova de Jesus Cristo. Que todas as pessoas com quem se encontrarem possam ver em vocês o rosto de Cristo que ama e se entrega, que continua presente em cada batizado."
Por isso, exortou ainda o Papa Leão, "amem e sirvam gratuitamente, no cotidiano, nas pequenas coisas e nas coisas ocultas, porque vocês experimentaram a alegria de serem amados primeiro e porque receberam tudo gratuitamente de Pai Deus".
“As mochilas que os acompanham durante estes dias, levando apenas o essencial, são o sinal da missão que hoje o Papa lhes confia: sejam missionários onde quer que vão, sejam transparência da presença do Senhor, como foram nossos queridos santos peruanos.”
Antes de concluir, o Santo Padre citou seu predecessor, que falava do Peru como “tierra ensantada” (de muitos santos). "Mas que não sejam só do passado, mas santos também de hoje e de amanhã", completou Leão, confiando os peregrinos aNossa Senhora da Evangelização.
Padre Mario Lanciotti, missionário xaveriano na Amazônia
Padre Mário Lanciotti (1901-1983), natural de Cupra Marittima (Ascoli Piceno, Itália), foi missionário xaveriano por cinquenta anos na China, no Japão e, por fim, no Brasil. Atuou nas áreas mais difíceis do Pará e do Xingu, dedicando sua vida a servir os mais pobres. Quase cego, pediu para passar seus últimos anos em uma casa de repouso em Belém, "pobre entre os pobres". Está sepultado em Abaetetuba, às margens do Rio Amazonas.
Por Gianluca Frinchillucci - Agência Fides
Uma nova luz se acende sobre o testemunho missionário entre os povos da Amazônia: o Prof. Mario Polia, antropólogo, historiador das religiões e profundo conhecedor das culturas andinas, editou a publicação de um precioso corpus de histórias orais reunidas pelo padre Mario Lanciotti, missionário xaveriano atuante no Brasil na década de 1960 e ex-missionário na China e no Japão.
A obra reúne mitos, lendas e contos cosmogônicos transmitidos oralmente por gerações de indígenas amazônicos. Padre Lanciotti os ouviu diretamente das vozes dos fiéis de suas missões, durante longas noites nas aldeias, muitas vezes ao luar, ao som de grilos e sapos noturnos. "Para mim - escreveu ele - não era um passatempo: eu o considerava indispensável ao meu trabalho como missionário."
“Procurei compreender melhor as pessoas a quem fui enviado e ajudá-las de acordo com minhas possibilidades e habilidades. Procurei amá-las e aceitá-las como são, esforçando-me para evitar o barulho e o paternalismo”, escreveu em um de seus depoimentos. E, dirigindo-se a um amigo, deixou palavras de luminosa serenidade: “Estou aqui, no meio da floresta amazônica, às margens do rio Xingu. Estou feliz. Quando consegui trabalhar neste lugar abandonado, eu tinha 71 anos, mas agora sinto de ter perdido 40. Aqui me sinto mais no meu lugar como missionário. O Senhor tem sido bom demais para mim na minha velhice! Se você quer ser feliz, venha comigo!”
“Padre Lanciotti - afirma Polia - soube coletar esses testemunhos orais apesar da consciência de que, para muitos, essas crenças precisavam ser superadas. Como ele mesmo disse, velhas superstições permanecem nas camadas profundas da alma, como cartazes colados uns sobre os outros: quando o primeiro é arrancado, o anterior reaparece. A grande inteligência de Lanciotti era a compreensão de que, para evangelizar, é preciso primeiro entender o pensamento do outro. Sua coleta é um ato de respeito e escuta.
“Passei muito tempo na região do Rio Xingu, na divisa entre as terras ocupadas pelos brancos e as florestas onde ainda vivem as tribos indígenas”, comentava o padre Lanciotti em outro relato. “Passei muitas noites com os índios ‘civilizados’. Sentávamo-nos na grama, ao luar, enquanto grilos, sapos e pássaros noturnos nos faziam companhia.” Depois da instrução religiosa, eu provocava meus interlocutores indígenas para que me contassem histórias da selva ou contos mitológicos que tinham sido transmitidos ao longo dos séculos."
Padre Mário Lanciotti (1901-1983), natural de Cupra Marittima (Ascoli Piceno, Itália), foi missionário xaveriano por cinquenta anos na China, no Japão e, por fim, no Brasil. Atuou nas áreas mais difíceis do Pará e do Xingu, dedicando sua vida a servir os mais pobres. Quase cego, pediu para passar seus últimos anos em uma casa de repouso em Belém, "pobre entre os pobres". Está sepultado em Abaetetuba, às margens do Rio Amazonas.
O Papa: universidades católicas, "itinerários da mente em direção a Deus"
"Universidades católicas, coreógrafas do saber" é o tema da 28ª Assembleia Geral da Federação Internacional das Universidades Católicas que se realiza em Guadalajara, no México. Em sua mensagem para o evento, Leão XIV recorda que "Cristo não vem como um estranho ao discurso racional, mas sim como uma pedra angular que dá sentido e harmonia a todo o nosso pensamento, a todos os nossos desejos e projetos para melhorar a vida presente e para dar propósito e transcendência ao esforço humano".
O Papa Leão XIV enviou uma mensagem aos participantes da 28ª Assembleia Geral da Federação Internacional de Universidades Católicas (FIUC) que teve início nesta segunda-feira (28/07), em Guadalajara, no México.
Organizado pela Universidade do Vale de Atemajac (Univa), o encontro prosseguirá até sexta-feira, 1º de agosto, celebrando o centenário da FIUC, com uma reflexão sobre o tema "Universidades católicas, coreógrafas do saber". "É uma bela expressão, que convida à harmonia, à unidade, ao dinamismo e à alegria. Nesse contexto, devemos nos perguntar que tipo de música estamos seguindo", escreve o Papa no texto.
"Os cantos de sereia" da nossa época
“Em nossa época, talvez mais do que em outras épocas, existem muitos "cantos de sereia" que são atraentes por sua novidade, por sua popularidade ou, em outras ocasiões, pela aparente segurança que infundem. Para além dessas impressões, de natureza superficiais, as universidades católicas são chamadas a tornar-se "itinerários da mente em direção a Deus".”
O Papa recorda que esta é uma "feliz expressão de São Boaventura" que realiza em nós "a oportuna exortação de Santo Agostinho": "Considerai, irmãos, o que acontece na alma humana. Por si mesma, não tem luz, não tem força: tudo o que há de belo na alma é fortaleza e sabedoria; mas o que ela sabe não é seu, nem sua força é sua, nem é luz por si mesma […]. Há uma origem e uma fonte de fortaleza, e uma raiz de sabedoria; há, por assim dizer, uma região, se assim se pode chamar, de verdade imutável; se a alma se afasta dela, entra nas trevas, e se se aproxima, permanece iluminada".
Cristo dá sentido e harmonia a todo o nosso pensamento
"O ambiente universitário, com seu diálogo característico entre diferentes visões de mundo, não é alheio ao ser e à ação da Igreja", escreve Leão XIV, recordando que "os cristãos, desde o início da evangelização, perceberam claramente que a Boa Nova não poderia ser anunciada sem esclarecer em que medida ela era ou não compatível com outras formas de ver o mundo e outras propostas sobre o que significa ser humano e viver em sociedade". De acordo com o Pontífice, "é relevante a pergunta que São Paulo faz aos cristãos de Roma, convidando-os a comparar seu modo de vida atual com o anterior: 'Que proveito tirastes então das obras que agora vos envergonham? O resultado dessas obras é a morte'".
"Aqueles povos do mundo clássico não eram desprovidos de inteligência, e, no entanto, para o Apóstolo, o fim e o resultado de todo o seu raciocínio se resumem na palavra "morte". Por quê? O que faltava? Faltava Cristo, Palavra e Sabedoria do Pai; faltava Aquele por meio de quem e para quem todas as coisas foram feitas", escreve ainda o Papa.
“Cristo não vem como um estranho ao discurso racional, mas sim como uma pedra angular que dá sentido e harmonia a todo o nosso pensamento, a todos os nossos desejos e projetos para melhorar a vida presente e para dar propósito e transcendência ao esforço humano.”
Sabedoria, lugar natural de encontro e diálogo
O Papa recorda que "Santo Tomás compreendeu bem que em Cristo-Sabedoria há ao mesmo tempo o que é mais próprio da nossa fé e o que é mais universal da inteligência humana. Portanto, a sabedoria, assim entendida, é o lugar natural de encontro e diálogo com todas as culturas e todas as formas de pensamento". Ele escreve em seu Comentário às Sentenças que a sabedoria, "seja uma capacidade do intelecto ou um dom [de Deus], lida sobretudo com o divino".
“Assim, não precisamos nos distanciar de Cristo, nem relativizar seu lugar único e próprio, para dialogar de maneira respeitosa e fecunda com outras escolas do saber, antigas ou recentes.”
O Papa conclui a mensagem, desejando "que Cristo-Sabedoria - a Verdade feita Pessoa, que atrai o mundo a si – seja a bússola que orienta o trabalho das instituições universitárias".
Entre águas e esperanças: missão nas comunidades ribeirinhas do Amazonas
Esta crônica narra uma experiência transformadora, onde a missão não apenas leva Jesus, mas O descobre já presente em cada sorriso, em cada remada, em cada gesto simples de amor.
Vatican News
No dia 28 de junho, às 9 da manhã, partimos para uma das experiências mais desafiadoras e enriquecedoras da nossa formação: as comunidades ribeirinhas do rio Amazonas.
Nós, noviços, junto com nosso mestre, seguimos rumo às comunidades do Parauá, em Careiro da Várzea (Amazonas, Brasil), visitando Nazaré do Parauá, Nazaré do Tarumã, São José do Jauaçú e São Francisco do Parauá. A cheia do rio Amazonas havia transformado completamente a paisagem. A terra firme era quase inexistente, e a mobilidade só era possível de canoa, entre casas de madeira flutuantes sobre as águas. Era como se a floresta nos tivesse engolido e, em meio a esse cenário imponente, a missão nos revelou seu verdadeiro rosto.
Um rosto humano, generoso e profundamente crente
A maior lição que tiro dessa vivência é o tempo partilhado: com a comunidade, com a criação e com Deus. A generosidade das pessoas é algo que comove a alma. Ofereceram-nos o pouco que tinham e, ao ser doado, se tornava muito. Sua naturalidade revela um coração livre e aberto.
Apesar das carências materiais, a fé é viva e dinâmica, expressada na fraternidade, na devoção e na acolhida. São testemunhas de que pobreza não é sinônimo de tristeza, e que a riqueza espiritual é real e abundante em meio à floresta.
Imagens que marcam a alma
Uma imagem ficou gravada na minha memória: crianças remando sozinhas em uma canoa, cruzando as águas com uma destreza admirável. Elas já estão acostumadas a essa realidade dura e desafiadora, mas aquilo que vemos como dificuldade, elas enfrentam com coragem cotidianamente.
Nesse contexto, compreendi uma verdade: o medo de cair na água é como o medo de enfrentar a missão. Mesmo sem saber, com sua vida essas crianças nos pregam resistência, coragem, esperança e fé.
O jubileu da fé amazônica
Neste Ano Jubilar, reconhecemos com profunda admiração a caminhada de tantos homens e mulheres que, mesmo no meio da floresta, caminham, remam, cruzam rios inteiros só para se encontrar com o grande Amante da nossa existência: Jesus Eucarístico.
É uma peregrinação cotidiana. Eles avançam, e com eles nós. Como bem disse o padre Júlio Caldeira, IMC: “Somos chamados a remar mar adentro e lançar novamente as redes, sem medo, porque o Senhor está no barco”.
O tempo: o presente do missionário
Nosso saudoso mestre, padre José Martín, costumava dizer: “O tempo é a solução para nossas dúvidas e inseguranças”. Na missão, esse tempo se torna o presente mais valioso do missionário: tempo para escutar, rir, partilhar, consolar... tempo para que a comunidade se sinta amada e acompanhada.
É nosso dever como cristãos levar Jesus até as margens do rio, às casas de madeira, no meio da floresta, cruzando rios, suportando o calor, os pernilongos (carapanãs), a umidade. É difícil, sim, mas vale a pena. Porque o Evangelho não fica trancado entre quatro paredes, ele caminha e atravessa até os confins do mundo, buscando a salvação da humanidade.
E mais do que levar Jesus, descobrimos que Ele já está ali em cada olhar, em cada gesto, em cada sorriso generoso de quem oferece um prato de comida. Nossa tarefa como missionários da Consolata é tornar visível a ação de Cristo em cada coração. Levamos consolo, testemunho e amor encarnado... e muitas vezes, somos nós que voltamos mais consolados.
Uma vida volátil, mas cheia de sentido
A vida missionária é volátil. Nessa missão, dormimos numa casa, tomamos café em outra, celebramos em diferentes lugares, tomamos banho com água do rio. Em meio a tanto dinamismo, tudo ganha sentido quando o coração pulsa pelo Reino. A missão nos recorda o muito que recebemos… e o quão pouco damos. Ou, ao menos, não o suficiente.
Voltaremos, sem dúvida. Porque a missão continua. E o rio nunca para. Onde há uma comunidade que espera, Jesus também nos espera.
Por Sérgio Warnes - noviço no Noviciado dos Missionários da Consolata em Manaus, Brasil
Jubileu dos Influencers: Instagram e TikTok lugares de missão
O sacerdote italiano de Gênova, padre Roberto Fiscer, que conta com centenas de milhares de seguidores nas redes sociais, explica que o objetivo de toda evangelização digital eficaz é sempre a paróquia e a vida real em comunidade. Também aconselha evitar o narcisismo e o protagonismo: "para produzir bons vídeos, é preciso seguir as sugestões do Espírito Santo”
Daniele Piccini – Vatican News
"Como influencer, posso dizer que os números de quem te segue nas redes sociais não contam nada. Basta pensar que Jesus ficou famoso com apenas doze seguidores”. Portanto, o primeiro mandamento para um influencer católico é observar o primeiro mandamento e não substituir Deus pelas métricas de seus próprios canais de mídia social. São palavras do Padre Roberto Fiscer, sacerdote e influencer genovês de 48 anos, ordenado em 2006, pároco da Santíssima Annunziata del Chiappeto, no bairro Borgoratti de Gênova.
Das redes sociais para a paróquia
Embora o desempenho de seus canais de mídia social mostre parábolas de crescimento constantemente ascendente – quase 800 mil seguidores no TikTok e quase 250 mil no Instagram – Padre Roberto está bem atento para não confundir o fim com os meios: "Os números servem apenas como caixa de ressonância, que te dá a possibilidade de fazer algo mais. Por exemplo, é graças ao número dos meus seguidores que sou convidado pelas dioceses, onde finalmente posso encontrar as pessoas ao vivo", conta à mídia do Vaticano.
O que mais aprendeu usando as redes sociais para a evangelização?
Aprendi que devemos propor, mas nunca impor. Não devemos ser o 'sabichão' que chega e ensina a vida. E também que há algo de bom em cada ocasião. É a ocasião que faz o homem santo. As redes sociais são apenas uma ocasião para deixar uma mensagem positiva. Nós, missionários digitais, devemos ser como a semente que morre, e morre muitas vezes, para dar fruto.
Qual o critério para o uso dos diferentes canais das redes sociais?
No Facebook geralmente deixo um comentário todas as manhãs. Faço isso principalmente para manter contato com quem me conheceu, no início, justamente neste canal. No Facebook, em suma, me proponho como pároco. Já o Instagram e o TikTok utilizo como lugares de evangelização, de missão, de fronteira. Nesses canais, sou missionário digital.
Até que ponto a missão pode ser feita de modo eficaz nas redes sociais? Quando chega o momento de se envolver com a própria paróquia?
Nós, influenciadores, somos como uma placa de trânsito que aponta para uma direção, e essa direção é a comunidade real. Todas as manhãs, nas mídias sociais, vejo comentários de padres que certamente enriquecem minha fé, mas se não tivermos ninguém com quem compartilhá-la, nos sentiremos solitários. Uma fé vivida sozinha se esgota, como um telefone celular.
Segundo a sua experiência, é difícil fazer com que os jovens deem este passo adiante, ou seja, do primeiro "contato" com os conteúdos de fé nas redes sociais até a entrada em suas igrejas locais?
Primeiramente, é importante dar a eles um lugar para ficar, um espaço, que pode ser o salão da paróquia ou um campo de futebol. Precisamos partir da igreja como casa, como local de acolhimento. Se isso falta, o jovem, mais cedo ou mais tarde, irá embora, pois não tem amigos, não se sente em casa. Essa transição, em suma, é difícil se o jovem, partindo das redes sociais, não encontra uma 'pista de aterrissagem'. A igreja, as atividades da paróquia, para mim, são as pistas de aterrissagem.
Papa Leão XIV explicou que a escolha de seu nome foi inspirada sobretudo pelos novos desafios sociais, como aqueles impostos pela inteligência artificial. Não lhe parece que este aspecto da artificialidade seja justamente o perigo de que estamos falando?
Já estou apaixonado por esse Papa, assim como estava por Francisco. Sempre me surpreendo com o fato de o Espírito Santo estar realmente sempre um passo à frente. Concordo com o Papa Leão XIV que existe o perigo de se criar uma Igreja e uma fé artificiais, esquecendo-se das pessoas. Esta manhã fui levar a comunhão para senhoras idosas que não podem ir à missa. Isso é a coisa mais importante para mim, mais importante do que um vídeo com milhões de visualizações. Para mim, a Igreja deve ser sobrenatural, não artificial. E a sobrenaturalidade só é garantida pela realização de obras de misericórdia corporais.
A propósito de concreto. Nos dias 28 e 29 de julho, será realizado em Roma o Jubileu dos missionários digitais e influencers católicos. Eles passarão pela Porta Santa e ganharão indulgência plenária. Quais são os pecados dos influenciadores?
Bem, às vezes são muito superficiais. Frequentemente publicam um vídeo sem seguir o Espírito Santo.
Em que sentido?
Quero dizer que, antes de fazer um vídeo, deveriam rezar e entender qual é a 'tendência' do Espírito Santo, do que há necessidade naquele momento. Se não escutam o Espírito, correm o risco de produzir vídeos que, em vez de fazer o bem, afastam as pessoas da fé.
Mostrar-se nas redes sociais para tantas pessoas e ter muitos "likes" a longo prazo não corre o risco de torná-los narcisistas? No fim das contas, é um erro em que todos caímos.
De fato, muitas vezes os influenciadores pecam por falta de humildade e caem no excesso de protagonismo. Existem até mesmo influenciadores que aceitam ofertas por suas atividades. Por exemplo, quando fazem uma viagem, convidados por alguma paróquia. Mas Deus nos ensinou que essas coisas devem ser feitas gratuitamente.
Não acredita, porém, que no fim este Jubileu dos influenciadores será sobretudo uma grande oportunidade para vocês?
Certamente. O Jubileu nos servirá para sermos reconhecidos neste nosso belíssimo serviço. Existem, por exemplo, professores, mas também outros profissionais, que transmitem sua matéria nas redes sociais. A nossa matéria, no entanto, estava faltando. Acho muito bonito que quem abre qualquer canal de rede social, ao rolar a tela, encontre também algo sobre o Evangelho, apresentado, naturalmente, de acordo com os cânones daquela rede social. O Verbo se fez carne, e o Evangelho deve se fazer vídeo.
Jubileu dos Influenciadores: construir rede de pessoas e não de algoritmos
"Se estamos aqui para o Jubileu, certamente não é para nos exibirmos ou glorificarmos, para medir nossa grandeza, nosso poder ou a difusão de nossas marcas pessoais; mas para fazer um exame de consciência pessoal e coletivo sobre a maneira com a qual, como Igreja, testemunhamos o Reino de Deus na era digital”, afirmou o prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini
Vatican News
Renovar o ambiente digital! Para o Secretário de Estado, card. Pietro Parolin, este é o desafio dos missionários digitais e dos influenciadores católicos, que estão em Roma para o seu Jubileu.
O evento foi inaugurado na manhã desta segunda-feira, 28 de julho, no Auditório da Conciliação, na presença de milhares de peregrinos de todo o mundo.
“Falar de ‘missão digital’ não significa reduzir a evangelização a uma questão técnica ou comunicativa, mas reconhecer que o digital faz parte da maneira como mais e mais pessoas pensam, sentem, buscam e se relacionam. Para isso, mais do que estratégias, o que é necessário é uma presença repleta de humanidade, um testemunho da vida evangélica e uma disponibilidade para o diálogo, para ouvir e andar com os outros, inclusive na rede”, explicou o cardeal italiano.
Nesse sentido, o que está em jogo não é tanto a eficácia de um conteúdo que se torna viral, mas a capacidade da Igreja de testemunhar a proximidade de Deus em um ambiente que pode ser impessoal ou frenético, muitas vezes impregnado de ódio, de fake news, de falsidade.
“Assim, fazer missão digital significa assumir o ritmo, as feridas, as perguntas e as buscas daqueles que habitam esse espaço, sem ceder ao anonimato ou à superficialidade, às tentações do protagonismo, para redescobrir a beleza do ser de Cristo, do ser na Igreja, e assim trazer a esperança e a alegria do Cristo vivo, o mesmo hoje, ontem e sempre.”
Pronunciamento do card. Parolin
Nunca transformar a comunidade em público
Já o prefeito do Dicastério para a Comunicação, Paolo Ruffini, propôs uma reflexão sobre a comunicação eclesial:
“A Igreja – se pensarmos bem – era uma rede antes mesmo da internet.E o que realmente nos une, no fundo, é muito mais do que a rede que construímos. Porque nos transcende. Não vem de nós, mas de Deus. E é por isso que nos torna parte de um único povo. Uma única fé, um único batismo, um único Deus Pai de todos. É isso que nos une a todos.”
Para Ruffini, este é o segredo da Igreja: uma rede de pessoas e não de algoritmos; muito menos de chatbots.
“Mas se estamos aqui para o Jubileu, certamente não é para nos exibirmos ou glorificarmos, para medir nossa grandeza, nosso poder ou a difusão de nossas marcas pessoais; mas para fazer um exame de consciência pessoal e coletivo sobre a maneira com a qual, como Igreja, testemunhamos o Reino de Deus na era digital.”
Para o prefeito do Dicastério para a Comunicação, há uma regra para não se perder: nunca se separar do povo, nunca se separar da comunidade.
“Nunca transformar a comunidade em público, e o público em mercadoria, acabando por nos tornarmos nós próprios mercadoria. Nossa fé não é individualista e muito menos consumista, mas comunitária. Estar aqui hoje é uma demonstração disso.”
Bispos de todo o Brasil pedem orações pela saúde do papa Francisco
Papa Francisco na audiência geral de 12 de fevereiro, na Aula Paulo VI, no Vaticano | Daniel Ibáñez / EWTN News
Bispos e dioceses do Brasil pediram que os fiéis rezem pela saúde do papa Francisco, internado com problemas pulmonares desde sexta-feira (14) no Hospital Policlínico Gemelli, em Roma. Segundo boletim divulgado ontem (18) pela Santa Sé, o papa está agora com pneumonia nos dois pulmões.
“Rezemos com muita fé, pedindo a Deus e, também, pedindo a intercessão de Nossa Senhora Aparecida, para que o papa Francisco possa se recuperar e continuar a sua bela missão diante da Igreja e de toda a humanidade”, disse o arcebispo de São Paulo (SP), cardeal Odilo Scherer ontem, no programa Encontro com o Pastor, da Rádio 9 de Julho.
O bispo de Sobral (CE), dom José Luiz Gomes de Vasconcelos, convocou missas pela saúde do papa Francisco hoje (19) em todas as paróquias e todos os horários. “Todo o povo católico da diocese é convidado a participar da Santa Missa em sua respectiva paróquia, unindo-se em oração pela saúde e bem-estar do papa Francisco, confiando-o à proteção de Nossa Senhora e todos os santos”, disse.
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) tem republicado os boletins diários da Santa Sé sobre a saúde do papa, com pedidos de oração por Francisco.
Nas redes sociais, muitas pessoas, dioceses e arquidioceses estão usando a hashtag #EuRezoPeloPapa.
A arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ) pediu em suas redes sociais “que Nossa Senhora de Lourdes, padroeira dos enfermos, cuja memória celebramos no último dia 11 de fevereiro, possa interceder pela saúde e recuperação do Santo Padre”.
“Oremos pelo papa Francisco, pedindo saúde e proteção”, escreveu a arquidiocese de Aparecida (SP).
O arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, e sua arquidiocese pediram a intercessão de Nossa Senhora da Piedade, padroeira de Minas Gerais, para que “o Santo Padre recupere seu estado de saúde, para que possa nos guiar e seguir com sua missão”. “Que a Santíssima Virgem, Mãe da Piedade, que sofreu aos pés da Cruz, junto ao seu Filho, seja seu consolo e proteção, e interceda junto a Jesus por sua plena recuperação”, disseram.
O arcebispo de São Luís (MA), dom Gilberto Pastana de Oliveira, e a arquidiocese publicaram a oração pelo papa: “Deus, pastor e guia de todos os fiéis, olhai cheio de bondade para o vosso servo, o papa Francisco, a quem quisestes colocar à frente da vossa Igreja como pastor. Concedei-lhe, Vos pedimos, a graça de fazer, por suas palavras e por seu exemplo, com que progridam na virtude aqueles de quem é chefe, e chegue, com o rebanho que lhe foi confiado, à vida eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém”.
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Essa oração também foi postada pelo santuário do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, em uma ação em suas redes sociais, pedindo que sejam elevadas “preces pela recuperação do Santo Padre @franciscus, para que Deus lhe conceda saúde, força e paz”. A ação contou com a postagem de um vídeo de maio de 2024, quando foram projetados no Cristo o rosto e frases de Francisco, por ocasião do lançamento do livro Vida: minha história através da História.
Outras dioceses como Jundiaí (SP), Patos (PB), e Foz do Iguaçu (PR) também divulgaram essa oração para que os fiéis possam rezar por Francisco.
O bispo de Barra do Garças (MT), dom Paulo Renato Fernandes, falou em um vídeo sobre a “situação de saúde delicada” do papa. Como nos boletins diários divulgados pela Santa Sé “vem sempre o pedido de oração” por Francisco, o bispo reforçou este pedido. “Eu convido você a uma forte oração pela saúde do nosso papa. Reze em família, pessoalmente, ofereça eucaristias, reze no cantinho de sua casa. Não se esqueça do papa Francisco neste momento”.
A diocese do Crato (CE) disse que, “unidos em fé e esperança”, seus fiéis “elevam suas preces pela pronta recuperação do papa Francisco”. “Que o Bom Pastor conceda força e saúde ao nosso Santo Padre neste momento delicado”.
O bispo de Rondonópolis-Guiratinga (MT), dom Maurício da Silva Jardim, e a diocese publicaram que se unem “em oração pela recuperação do nosso amado papa Francisco”.
O bispo de Limoeiro do Norte (CE), dom André Vital Félix da Silva, e a diocese se uniram “em oração a todas as pessoas que rezam pela saúde do papa Francisco”. “O Santo Padre é um farol de fé e caridade para milhões de pessoas, e seu testemunho de entrega continua inspirando a Igreja e o mundo”, disseram.
A arquidiocese de Aracaju (SE) pediu orações “pelo restabelecimento da saúde do papa Francisco”.
Em nota, a diocese de Itabuna (BA) expressou sua “solidariedade” e elevou “orações” pelo papa Francisco, “especialmente pela sua pronta recuperação nesse momento de fragilidade”. “Sua liderança e compromisso com a justiça, a paz e o amor ao próximo são faróis de luz para todos nós”, disse e convidou todos os fiéis a se unirem “em uma corrente de oração, pedindo a Deus que conceda ao papa Francisco saúde, sabedoria e força para continuar a guiar a Igreja e promover a paz e a fraternidade entre todos”.
A oração do terço nos leva para perto de Jesus, diz romeiro do Terço dos Homens em Aparecida
Cerca de 100 mil pessoas na missa solene da Romaria do Terço dos Homens 2025. | Crédito: Nathália Queiroz / ACI Digital.
“A oração do santo terço nos cura e ela nos dá principalmente a proximidade, a amizade com o Senhor. É Nossa Senhora que está do nosso lado nos curando e nos abençoando e nos levando para mais perto do seu Filho Jesus”, disse à ACI Digital o tercista Leonardo Silva, participante da 17ª Romaria do Terço dos Homens que aconteceu no Santuário Nacional Aparecida de sexta-feira (14) a domingo (16).
Cerca de 100 mil homens de todo o país participaram da romaria, a maior acolhida todos os anos pelo Santuário Nacional Aparecida. A estimativa foi feita pela secretaria geral do Terço dos Homens. O tema deste ano foi: “Terço dos Homens: somos peregrinos da esperança” e o lema “Fortes na fé, alegres na esperança”.
“Cada homem que está ali e se coloca à disposição do chamado de Nossa Senhora está em oração pela transformação de sua família, transformação do seu coração”, disse Leonardo, que é o coordenador do Terço dos Homens na arquidiocese do Rio de Janeiro.
Coordenador do Terço dos Homens na Arquidiocese do Rio de Janeiro, Leonardo Silva de Lima. Crédito: Nathália Queiroz / ACI Digital.
“A oração do terço e a participação no grupo do Terço dos Homens tem me sustentado durante esses dez anos de sobriedade”, disse Carlos Togalli, da cidade de Carvalhos (MG), que há dez anos participa dos Alcoólicos Anônimos (AA) por causa do seu vício em álcool.
“Nos momentos mais difíceis da minha vida, quando eu estava mais sozinho, era Nossa Senhora, a minha Mãe, que estava junto comigo”, disse. “A Mãe opera no nosso coração”.
Ele contou que nos primeiros meses de sobriedade sentia um vazio muito grande “sentia que faltava alguma coisa”. Nesse momento, um padre amigo lhe presenteou com um terço e ele “me ressuscitou o amor de novo, a experiência de novo, de poder contar com Deus Todo-Poderoso”.
Carlos Togalli junto com o seu grupo do terço da cidade de Carvalhos (MG). Crédito: Nathália Queiroz / ACI Digital.
Roque Resende da Silva percorreu 798 km de Cruz das Almas (BA) à Aparecida junto com um grupo de 54 tercistas para agradecer a Nossa Senhora por sua vida. Quando jovem, ele era muito “bagunceiro, mas quando eu entrei na Igreja e comecei a rezar o terço a minha vida se transformou”, disse. “A oração do terço mudou muito a minha vida”. Hoje ele se sente chamado a levar muitos homens a se encontrarem com o amor de Mãe que ele recebe de Nossa Senhora.
Roque Resende da Silva romeiro do Terço dos Homens que saiu de Cruz das Almas (BA). Crédito: Nathália Queiroz / ACI Digital.
Nilton Santos, de 68 anos, viajou 36 horas de ônibus com um grupo de 60 pessoas de Aracajú (SE). Ele contou que nunca perdeu uma romaria e se orgulha em ser o fundador do Terço dos Homens em seu Estado. Em 2007 ele se colocou totalmente à disposição do movimento e por quatro anos rodou todo o Estado cadastrando grupos. Hoje, há mais de 700 grupos e conseguiram em 2011 que o dia 8 de setembro fosse instituído como o Dia Estadual do Terço dos Homens. “Graças a Deus, esse é o meu orgulho. A gente se transforma e o terço transformou a minha vida”, disse ele à ACI Digital.
Seu Nilton Santos, fundador do Terço dos Homens em Aracajú (SE). Crédito: Nathália Queiroz / ACI Digital.fonte:https://www.acidigital.com/noticia/61345/a-oracao-do-terco-nos-leva-para-perto-de-jesus-diz-romeiro-do-terco-dos-homens-em-aparecida
A tecnologia está nos custando nossa humanidade, dizem especialistas
Paolo Carozza, professor de direito na Universidade de Notre Dame; Christine Rosen, pesquisadora sênior do American Enterprise Institute, e Carter Snead, professor de direito e bioeticista de Notre Dame, discutem “A dimensão corpórea da identidade humana em uma era de realidade virtual” no New York Encounter, em Nova York, EUA, no último sábado (15). | Zelda Caldwell/CNA
A tecnologia está roubando nossa humanidade, transformando os humanos, em alguns aspectos em mentes "desencarnadas", disse Paolo Carozza, professor de direito na Universidade de Notre Dame, nos EUA, no sábado (15), em painel de discussão na semana de eventos New York Encounter deste ano.
Tal noção pode ter soado como ficção científica não muito tempo atrás. Mas essa “desencarnação” — ou “esquecimento da centralidade do corpo humano”, como Carozza colocou — define quem somos como cultura hoje, graças aos avanços tecnológicos que tornaram as coisas cada vez mais e sedutoramente convenientes, disse ele.
Carozza, atuando como moderador, foi acompanhado no painel por Christine Rosen, autora de The Extinction of Experience: Being Human in a Disembodied World, e por O. Carter Snead, professor de direito e bioeticista de Notre Dame, autor de What It Means to Be Human: The Case for the Body in Public Bioethics.
Realizado no Metropolitan Pavilion no bairro de Chelsea da cidade de Nova York, o New York Encounter é uma conferência cultural anual e abrangente organizada por membros do movimento católico Comunhão e Libertação. O evento de três dias, gratuito e transmitido ao vivo online, terminou ontem (16).
Na conversa, Carozza, Rosen e Snead se concentraram na medida em que a experiência humana se tornou algo cada vez mais isolado.
“Prefiro chamar um carro com o apertar de um botão, nunca falar com o motorista e ser deixado no meu local. Gostaria que minha comida fosse entregue na minha porta, sem nunca ter que olhar nos olhos das pessoas que a prepararam ou entregaram”, disse Rosen, resumindo a predileção atual pela conveniência.
Ela disse que o tempo gasto nas mídias sociais é mais do que simplesmente tempo desperdiçado, mas muda a maneira como nos vemos e como nos relacionamos com os outros.
“Começamos a preferir a comunicação mediada à comunicação face a face. Começamos a desconfiar de nossas próprias respostas emocionais às coisas, a menos que elas sejam refletidas numa página de mídia social e recebamos curtidas suficientes para elas. Nesse sentido, estamos nos habituando a uma maneira profundamente desencarnada de buscar aprovação, de entender o mundo em que vivemos”, disse.
“Acho que de maneiras muito mundanas, nossa experiência diária se deteriorou por causa dessa mentalidade, que cresceu não com alguma intenção nefasta, mas ao longo do tempo. Temos hábitos mentais que se formaram”, disse Rosen.
“Você pisa numa plataforma de metrô e as pessoas são mais rudes. Parece haver mais hostilidade, raiva e impaciência”, disse.
Indiferença para com os vulneráveis
Os mais vulneráveis da sociedade, como idosos e crianças, sofrem o impacto desse hábito desencarnado de ser, disse Rosen.
Ela citou o exemplo de um robô de “telepresença” que dá um diagnóstico fatal de câncer a um paciente num hospital e de uma casa de repouso japonesa que dá aos seus residentes animais robóticos para simular o conforto do toque humano.
Essa preferência pela conveniência e a evitação de encontros presenciais impedem o florescimento humano, segundo Snead.
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“As virtudes que você precisa para florescer como um ser humano corporificado inserido em redes de dar e receber também são perdidas. Se você pensa na vida como um consumidor, você não está pensando nas virtudes da doação não calculada, só na generosidade, hospitalidade, misericórdia, que é acompanhar os outros em seu sofrimento como se fosse seu próprio sofrimento”, disse ele.
As consequências desse egoísmo resultam na instrumentalização de outros, com consequências fatais, disse Snead. Ele falou sobre os avanços na tecnologia reprodutiva que permitem a seleção de embriões com base no QI (e a eliminação daqueles considerados insuficientemente inteligentes), e a legislação sobre suicídio assistido que tem um viés a favor de encorajar pacientes idosos a acabar com suas vidas em vez de tratar seus transtornos psiquiátricos.
Snead disse que os pais desses embriões não podem ser culpados por serem cegos à imoralidade dessa tecnologia, pois certas expectativas surgiram da cultura e de seu sistema legal.
O apelo da tecnologia reprodutiva, disse ele, não é diferente daquele das tecnologias que prometem aos consumidores que levarão em consideração suas preferências pessoais.
“Se você pensa em tudo na sua vida como um menu suspenso para pedir a coisa exatamente como você quer, então você fica irritado quando recebe algo que não pediu e o DoorDash traz a coisa errada ou não traz o molho com seu burrito ou algo assim”, disse Snead.
No Advento levantemos o olhar para Jesus, “que alivia o coração”, diz o papa Francisco
O papa Francisco saúda e abençoa os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, no dia 1º de dezembro de 2024, primeiro domingo do Advento. | Crédito: Vatican Media.
Que “este tempo do Advento seja uma oportunidade preciosa para levantar o olhar para o Senhor, que alivia o coração e nos sustenta no caminho”, disse o papa Francisco hoje (1º), primeiro domingo do Advento, antes de rezar o Ângelus com os fiéis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano.
O papa disse que o Evangelho de hoje (Lc 21,25-28.34-36) “nos fala dos transtornos cósmicos e da angústia e medo na humanidade. Neste contexto, Jesus dirige aos seus discípulos uma palavra de esperança: ‘levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima’”.
“O Mestre quer que nossos corações não fiquem pesados pelas angústias ou preocupações e que esperem vigilantes pela vinda do Filho do Homem”, disse. “O convite de Jesus é este: erguer a cabeça para o alto e manter o coração leve e vigilante”.
Francisco disse que “muitos contemporâneos de Jesus, diante dos acontecimentos catastróficos que veem acontecer ao seu redor – perseguições, conflitos, calamidades naturais – são tomados pela angústia e acreditam que o fim do mundo está prestes a chegar. Seus corações estão tomados de medo.”
“Levantem-se e ergam a cabeça”
No entanto, disse ele, “Jesus quer libertá-los das ansiedades atuais e das falsas convicções, indicando como estar preparado no coração, como ler os acontecimentos do plano de Deus, que opera a salvação também nas circunstâncias mais dramáticas da história”.
“Por isso ele sugere que vocês olhem para o Céu para compreender as coisas da terra: 'levantem-se e ergam a cabeça'. É lindo... 'levantem-se e ergam a cabeça'”.
“Também para nós é importante o conselho de Jesus: 'Não se entristeçam os vossos corações'”, disse o papa. “Todos nós, em tantos momentos da vida, nos perguntamos: como ter um coração ‘leve’, um coração desperto, livre? Um coração que não se deixa esmagar pela tristeza? A tristeza é feia… é feia.”
“Deixo-me tocar pelo desânimo?”
Depois de dizer que os reveses da vida podem chegar a pesar em nós “como pedras”, levar-nos “ao desânimo” e induzir-nos a “fechar-nos em nós mesmos”, Francisco disse que “Jesus, ao contrário, nos convida a erguer a cabeça, a confiar em Seu amor que quer nos salvar e que se aproxima de nós em toda situação de nossa existência, a abrir espaço para Ele e, assim, reencontrar a esperança”.
“Perguntemo-nos: meu coração está sobrecarregado pelas preocupações e pelo medo do futuro? Ou consigo olhar para as circunstâncias diárias com os olhos de Deus, em oração, com um horizonte mais amplo? Ou melhor, deixei-me tocar pelo desânimo?
“Que este tempo do Advento seja uma ocasião preciosa para elevar o olhar para Aquele que ilumina os nossos corações e nos sustenta no nosso caminho”, exortou.
"Invoquemos a Virgem Maria, que, mesmo nos momentos de prova, esteve pronta para acolher o projeto de Deus”, concluiu.
O papa Francisco propôs celebrar os 1700 anos do Primeiro Concílio de Nicéia juntamente com os líderes ortodoxos, numa carta pessoal ao Patriarca Ecumênico Bartolomeu de Constantinopla.
A carta, publicada ontem (30) pela Santa Sé, foi entregue pelo cardeal Kurt Koch, que dirige o Dicastério para a Promoção da Unidade dos Cristãos, durante uma visita a Istambul, Turquia, para a festa de santo André, padroeiro da Igreja Ortodoxa.
“O já iminente 1.700º aniversário do Primeiro Concílio Ecumênico de Nicéia será mais uma oportunidade para testemunhar a crescente comunhão que já existe entre todos aqueles que são batizados em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”, disse Francisco em sua mensagem de ontem (30).
Refletindo sobre seis décadas de diálogo entre católicos e ortodoxos e olhando para as possibilidades futuras de unidade, o papa reconheceu o progresso alcançado desde que o decreto Unitatis redintegratio do Concílio Vaticano II marcou a entrada oficial da Igreja Católica no movimento ecumênico, há 60 anos.
Cardeal Kurt Koch, prefeito do Dicastério para a Unidade dos Cristãos, em diálogo com jornalistas na Sala de Imprensa da Santa Sé, quinta-feira, 10 de outubro de 2024. Crédito: Daniel Ibáñez / EWTN News.
Falando ao programa de televisão EWTN News sobre este aniversário em 21 de novembro, o cardeal Koch disse que os esforços de unidade devem se concentrar “no centro mais íntimo da autorrevelação em Jesus Cristo”.
O cardeal suíço também falou o que chamou de “ecumenismo de sangue”, observando que “os cristãos não são perseguidos porque são católicos, luteranos ou anglicanos, mas porque são cristãos”.
Celebrando a “fraternidade renovada” alcançada desde o Concílio Vaticano II, o papa Francisco disse na sua mensagem que a plena comunhão, em particular a partilha do “único cálice eucarístico”, continua sendo um objetivo não alcançado.
Numa observação profunda sobre as tensões globais contemporâneas, o papa relacionou os esforços ecumênicos à construção da paz.
“A fraternidade vivida e o testemunho dado pelos cristãos será também uma mensagem para o nosso mundo atormentado pela guerra e pela violência”, escreveu, mencionando especificamente a Ucrânia, a Palestina, Israel e o Líbano.
O papa também falou da recente participação de representantes ortodoxos no Sínodo da Sinodalidade de outubro.
A tradicional troca de delegações entre Roma e Constantinopla ocorre duas vezes por ano, com representantes católicos que viajam a Istambul para a festa de santo André, em 30 de novembro, e delegados ortodoxos visitando Roma para a festa dos santos Pedro e Paulo, em 29 de junho.
O cardeal Koch liderou a delegação da Santa Sé deste ano. Ele estava acompanhado por monsenhor Flavio Pace, secretário do dicastério, monsenhor Andrea Palmieri, subsecretário, e dom Marek Solczyński, núncio apostólico em Türkiye.
A delegação participou da Divina Liturgia na Igreja Patriarcal de São Jorge, Fanar, e manteve conversações com a comissão sinodal encarregada das relações com a Igreja Católica.
O filme mais recente do DJ Caruso é Virgem Maria, sobre a Santíssima Virgem, que narra os primeiros anos de vida de Nossa Senhora através da fuga da Sagrada Família para o Egito. A epopeia bíblica estreará na Netflix na sexta-feira (6). Natural de Norwalk, Connecticut, EUA, Caruso, que é católico, fez faculdade na Califórnia, onde depois se dedicou ao cinema como diretor, produtor e escritor. Ele é conhecido por seus filmes de suspense e ação.
No início de sua carreira, Caruso foi contratado por Steven Spielberg para dirigir os thrillersDisturbia (2007) e Eagle Eye (2008).
“Fomos convidados ao Vaticano porque [o papa] quer conhecer o cineasta por trás do filme Virgem Maria”, disse Caruso. "Portanto, estou muito entusiasmado por poder passar um tempo com o papa". Em novembro, antes de partir para Roma, Caruso falou com o National Catholic Register, jornal da EWTN News, sobre Virgem Maria.
Por que você decidiu fazer este filme específico sobre nossa Mãe Santíssima?
Eu estava muito, muito determinado a contar a história. Eu sentia que sua história não era muito valorizada. Todos nós fomos condicionados a entender a história do Natal, e fiquei muito comovido com a ideia de contar uma história na perspectiva dela: como foi ser ela e passar por tudo isso desde menina até o nascimento [de Cristo], e tudo. Mas eu realmente quero dizer que aqui está esta jovem que enfrentou adversidades, teve algumas dúvidas, teve alguns medos, mas finalmente aceitou este lindo mandato, essa aceitação de Deus, e os levou ao seu coração.
Eu queria inspirar, principalmente os espectadores mais jovens, a dizer: Uau, Maria poderia ser minha amiga. Muito do que ela viveu é contemporâneo e o que está acontecendo no mundo hoje. Eu sei que ela é essa mãe icônica, bela e santa que todos nós veneramos, mas, ao mesmo tempo, ela também era uma jovem como eu; teve que tomar essas decisões e passar por essas coisas. Eu queria torná-la humana e compreensível para que as pessoas a aceitassem e até a amassem mais do que a amam.
Parece que você é devoto de Maria. Conte-nos sobre sua fé católica.
Sou devoto de Maria. Sou católico. Fui criado como católico em Norwalk, Connecticut, e permaneci católico durante toda a minha vida e permaneci fiel à Igreja. Somos uma família de cinco pessoas. Somos uma família católica muito forte. Todos frequentaram escolas católicas. Nós amamos isso. E, obviamente, ser católico e rezar a Maria, e compreendê-la como intercessora, é vital para quem somos como família e para a nossa fé. É por isso que quis fazer um filme para celebrá-la.
Como você escolheu a forma como apresenta a Virgem Maria?
Sempre admirei o que Mel [Gibson] fez com A Paixão [de Cristo] porque ele obviamente humanizou Cristo e a dor que ele sofreu e tudo o que ele passou. Bom, a verdadeira origem dessa história começa com Maria, não é mesmo? Então, como posso contar uma história que seja convincente e que a torne humana e acessível?
Ela é tão vital e tão importante na vida. Um grande amigo meu, o bispo David O’Connell, de Los Angeles, que morreu há dois anos em fevereiro, foi realmente decisivo para trazer Maria para nossas vidas e sempre dizia: “Ela está ao seu lado. Você apenas tem que falar com ela. Ela é sua conexão com Cristo. E se você recorrer a ela, todas as coisas boas acontecerão”.
Isso ficou incutido em mim nos últimos cinco anos e é por isso que quis fazer um filme para celebrar a jovem extraordinária que ela era.
O único grande nome do elenco é sir Anthony Hopkins. Por que você escolheu pessoas relativamente desconhecidas, como a atriz e ator que interpretam Maria e José, para o seu elenco?
Se eu tivesse escolhido uma estrela para interpretar Maria ou José, acho que isso seria um erro.
Acho que Noa [Cohen] e Ido [Tako] são revelações tão grandes que os torna cativantes. Foi ótimo trazer dois rostos novos que na verdade são da região onde Maria e José nasceram, colocá-los em papéis e apresentá-los ao mundo. É uma versão mais atual e o público os aceitará mais no filme do que se fosse uma estrela de cinema.
Quando pensamos em um santo, talvez em um primeiro momento não consideramos que essa pessoa seja ousada, empunhe um machado, um martelo ou que derrube árvores como os carvalhos. Entretanto, existe um santo assim, conhecido como são Bonifácio.
Este santo nasceu na Inglaterra por volta do ano 680. Bonifácio ingressou em um mosteiro beneditino antes de ser enviado pelo papa para evangelizar os territórios que pertencem a atual a Alemanha. Primeiro foi como um sacerdote e depois eventualmente como bispo.
Sob a proteção do grande Charles Martel (conhecido como Carlos Magno), Bonifácio viajou por toda a Alemanha fortalecendo as regiões que já tinham abraçado o cristianismo e levou a luz de Cristo àqueles que ainda não o conheciam.
A respeito deste santo, o papa Bento XVI disse no ano 2009 que “seu incansável trabalho, seu dom para a organização e seu caráter flexível, amigável e forte” foram fundamentais para o sucesso das suas viagens.
O escritor Henry Van Dyke o descreveu assim, em 1897, em seu livro The First Christmas Tree, (A primeira árvore de natal): “Que pessoa tão boa! Que boa pessoa! Era branco e magro, mas reto como uma lança e forte como um cajado de carvalho. Seu rosto ainda era jovem; sua pele suave estava bronzeada pelo sol e pelo o vento. Seus olhos cinzas, limpos e amáveis, brilhavam como o fogo quando falava das suas aventuras e das más ações dos falsos sacerdotes aos quais enfrentou”.
Aproximadamente no ano 723, Bonifácio viajou com um pequeno grupo de pessoas na região da Baixa Saxônia. Ele conhecia uma comunidade de pagãos perto de Geismar que, no meio do inverno, realizavam um sacrifício humano (onde a vítima normalmente era uma criança) a Thor, o deus do trovão, na base de um carvalho o qual consideravam sagrado e que era conhecido como “O Carvalho do Trovão”.
Bonifácio, acatando o conselho de um irmão bispo, quis destruir o Carvalho do Trovão não somente a fim de salvar a vítima, mas também para mostrar àqueles pagãos que ele não seria derrubado por um raio lançado por Thor.
O Senado faz amanhã (3) sessão de debates temáticos sobre três documentos do papa Francisco: as encíclicas “Laudato Si”, “Fratelli Tutti” e a exortação apostólica “Laudate Deum”. Os documentos falam a respeito do “cuidado da casa comum”, da “fraternidade e a amizade social” e da “crise climática”.
Esta sessão de debates foi requerida pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) a pedido dos senadores e foi aprovada no Senado dia 26 de novembro.
O gabinete do senador Rodrigo Pacheco disse à ACI Digital que “a defesa do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável e o combate à pobreza foram destacados tanto na carta de conclusão do P20 quanto do G20”, fórum de debates de parlamentares (P20) e chefes de governo (G20) dos países mais ricos do mundo mais a União Europeia e a União Africana, que teve sua reunião de cúpula no Rio de Janeiro no mês passado. “Portanto, é natural convidar os integrantes da sociedade para essa discussão e a Igreja é um deles, como tantos outros que têm sido ouvidos pelo Senado”.
A devoção aos santos não é magia, nem superstição, adverte o papa
Papa Francisco na Audiência Geral / Daniel Ibáñez (ACI)
Vaticano, 02 fev. 22 / 09:43 am (ACI).- “A devoção aos santos não é uma coisa mágica, não é uma superstição. É simplesmente falar com um irmão, uma irmã que está diante de Deus, que viveu uma vida justa, uma vida santa, uma vida modelo, e agora está diante de Deus. Eu falo com este irmão, com esta irmã e peço sua intercessão pelas necessidades que tenho”, disse o papa Francisco hoje, 2 de fevereiro, durante a Audiência Geral na Aula Paulo VI do Vaticano.
Na catequese dedicada à comunhão dos santos, o papa recordou que nas semanas anteriores havia refletido sobre a figura de são José nos relatos do Evangelho e "também sobre os aspectos de sua personalidade que a Igreja ao longo dos séculos soube evidenciar através da oração e devoção.”
Nesse sentido, Francisco falou que "às vezes o cristianismo também pode cair em formas de devoção que parecem refletir uma mentalidade mais pagã do que cristã" e acrescentou que "a diferença fundamental está no fato de que nossa oração e nossa devoção do povo fiel não se baseiam na confiança em um ser humano, ou em uma imagem ou em um objeto, mesmo quando sabemos que são sagrados”.
“Não são os santos que fazem milagres, ‘este santo é muito milagroso…’ não, os santos não fazem os milagres, só Deus, a graça de Deus que age através de uma pessoa santa, uma pessoa justa. Isso deve ser claro. Tem gente que diz: ‘Eu não acredito em Deus, mas acredito neste santo’. Não, está errado. O santo é um intercessor, aquele que intercede por nós e o Senhor nos dá a graça por meio do santo”, destacou o papa.
Desta forma, o papa lembrou a definição da comunhão dos santos no Catecismo da Igreja Católica, que afirma que “a comunhão dos santos é a Igreja” e questionou “o que isso significa? Que a Igreja está reservada para os perfeitos? Não. Significa que é a comunidade dos pecadores salvos”.
“A Igreja é a comunidade de pecadores salvos. Essa definição é linda. Ninguém pode ser excluído da Igreja, somos todos pecadores salvos. A nossa santidade é o fruto do amor de Deus manifestado em Cristo, que nos santifica amando-nos na nossa miséria e salvando-nos dela. Graças a Ele formamos sempre um só corpo, diz são Paulo, no qual Jesus é a cabeça e nós somos os membros”.
Nesse sentido, o papa descreveu que “a alegria e a tristeza que atingem a minha vida dizem respeito a todos, assim como a alegria e a tristeza que atingem a vida do irmão e da irmã ao nosso lado também dizem respeito a mim. Não posso ficar indiferente aos outros, porque somos todos num só corpo, em comunhão”.
“O pecado de uma pessoa atinge sempre a todos, e o amor de cada pessoa atinge a todos. Em virtude da comunhão dos santos, desta união, cada membro da Igreja está ligado a mim de uma forma profunda, e este vínculo é tão forte que não pode ser interrompido nem mesmo pela morte”, afirmou.
“Em Cristo ninguém pode realmente nos separar daqueles que amamos porque o vínculo é um vínculo existencial, um vínculo forte que está em nossa própria natureza”, disse Francisco. “Só muda a forma como estamos juntos, mas nada e ninguém pode quebrar esse vínculo”.
“A relação de amizade que posso construir com um irmão ou irmã ao meu lado, também a posso estabelecer com um irmão ou irmã no Céu. Os santos são amigos com quem muito frequentemente estabelecemos relações de amizade. Aquilo que chamamos devoção a um santo, sou devoto deste santo, desta santa, aquilo que chamamos de devoção é na verdade uma forma de expressar o amor a partir deste mesmo vínculo que nos une”, disse. “Todos sabemos que podemos sempre recorrer a um amigo, especialmente quando estamos em dificuldade e precisamos de ajuda. E temos amigos no céu. Todos precisamos de amigos; todos precisamos de relações significativas para nos ajudar a enfrentar a vida. Também Jesus tinha os seus amigos, e recorreu a eles nos momentos mais decisivos da sua experiência humana”.
Segundo o papa, "na história da Igreja há constantes que acompanham a comunidade crente: sobretudo o grande afeto e o vínculo fortíssimo que a Igreja sempre sentiu em relação a Maria, Mãe de Deus e nossa Mãe. Mas também a especial honra e carinho que deu a são José. No fundo, Deus confia a ele o que tem de mais valioso: seu Filho Jesus e a Virgem Maria”.
Gendarmaria retirou uma pessoa que gritava durante a Audiência
Durante a catequese, uma pessoa presente na Aula Paulo VI começou a gritar e a Gendarmaria do Vaticano a retirou do local.
No final de sua catequese, o papa comentou “há poucos minutos ouvimos uma pessoa que gritava, gritava, que tinha algum problema. Não sei se físico, psíquico, espiritual. Um irmão nosso em dificuldade”.
“Gostaria de terminar rezando por ele, por nosso irmão que sofre, coitado, se gritava é porque está sofrendo, tem alguma necessidade, não sejam surdos à necessidade deste irmão. Rezemos juntos à Virgem por ele”, disse o papa que rezou uma Ave Maria com os fiéis presentes na Audiência Geral.
Dia da Vida Consagrada
Depois de suas saudações em várias línguas, o papa lembrou que hoje, 2 de fevereiro, a Igreja celebra a Festa da Apresentação do Senhor no Templo de Jerusalém, que é também o Dia da Vida Consagrada, razão pela qual ele celebrará uma missa a tarde na basílica de São Pedro, no Vaticano.
“Deste mistério surge uma mensagem para todos: Cristo se oferece como exemplo em sua oferta ao Pai, mostrando com que generosidade se deve aderir à vontade de Deus e ao serviço dos irmãos”, concluiu o papa.
Cinco indícios de que seu filho poderia ter vocação religiosa
Imagem ilustrativa / Pixabay
REDAÇÃO CENTRAL, 01 fev. 22 / 04:13 pm (ACI).- Sonia Escobar é mãe de um seminarista do Seminário Menor da Arquidiocese de Toledo, Espanha. Com sua experiência, ela explica aos pais como reconhecer se um filho tem vocação para a vida religiosa ou para o sacerdócio.
“Como pais cristãos, oferecemos a Deus nossos filhos e lhe dissemos que gostaríamos de ter um filho sacerdote. Mas, como posso saber que meu filho tem vocação, como posso ajudá-lo?”, pergunta Escobar em um vídeo.
Ela diz que Deus costuma falar através de indícios, “que são pistas que Deus coloca em nosso caminho para que percebamos que tudo aponta para um lugar”.
Por isso, apresenta cinco indícios ou pistas que podem ser o germe de uma vocação, como é “o gosto pelas coisas de Deus”.
O primeiro é que, “se gosta de ir à Missa, ajuda na Missa, ou brincar de Missa em casa, não o impeça, incentive-o”. Já o segundo é “fazer perguntas mais profundas do que as crianças de sua idade”, pois “é sinal de que o pequeno se pergunta sobre as coisas realmente importantes da vida”.
Segundo Sonia Escobar, os indícios seguintes são ver “a mão de Deus nas coisas simples de cada dia” ou que sejam “crianças especialmente generosas e ocupadas com os demais”.
Mas, o que classifica como “o grande indício” é “descobrir quais são seus exemplos de vida, que pode ser um jogador de futebol favorito, um cantor ou youtuber. Mas, se o exemplo de vida de seu filho é são Tarcísio, o Cura D’Ars ou seu pároco, aí pode haver vocação”.
Por isso, incentiva os pais a “unir as peças do quebra-cabeça” e, se veem indícios de vocação, “convidá-los a ir para o seminário”.
Padre Fortea explica a sinodalidade na Igreja e seus desafios
Padre José Antonio Fortea / Captura de vídeo
MADRI, 01 fev. 22 / 10:57 am (ACI).- O famoso teólogo espanhol José Antonio Fortea refletiu recentemente sobre a importância que a sinodalidade teve no caminho da Igreja Católica e analisou seus desafios.
Em um vídeo, padre Fortea disse que “a fé é um dom maravilhoso” que deve ser “guardado”.
Não devemos ser “criativos ou inovadores com a fé, a fé é um tesouro que deve ser protegido”, disse.
Segundo o padre espanhol, “é da própria essência da fé cristã que ela seja vivida em comunidade”.
“A fé conduz à vida”, disse; e “essa vida é em comunidade, é uma fé vivida em comunidade”.
“Desde os primeiros tempos do cristianismo havia pastores, mas quando os próprios pastores não viam algo claramente, havia opiniões diferentes. O que eles faziam? Muitas vezes o que faziam era se reunir, rezar e dialogar. E da oração em comum e do diálogo, surgia a clareza na percepção das coisas”, disse o padre Fortea.
“O critério de autoridade poderia ter sido aplicado como em um exército. Em um exército, o sargento governa sobre os soldados, o capitão sobre o sargento, o coronel sobre o capitão, o general sobre o coronel. Em uma empresa, o mesmo. Esse diretor manda no subordinado, este no outro, assim”. No entanto, disse o padre Fortea: "Jesus disse que seu Reino não seria como os outros reinos".
"Nos reinos o que existia era o conceito de opressão, de força: eu tenho a autoridade, eu mando, você se submete."
Este não é o caso da Igreja Católica, disse, porque "eles não são chamados de reis ou capitães, eles são chamados de pastores".
O padre Fortea explicou que na Igreja há “uma autoridade que, vinda de Cristo, é sagrada, não meramente humana. Ao mesmo tempo Jesus quer que escutemos, que escutemos uns aos outros".
“A autoridade dos pastores na Igreja Católica, nas igrejas apostólicas, nas quais há uma sucessão apostólica, é um dom, um dom de Deus”, disse.
“Existem pastores porque Deus quis. Eles têm essa autoridade porque Cristo a entregou aos apóstolos e os apóstolos aos bispos”, continuou ele.
O padre espanhol advertiu que “a autoridade, e isso é importante para entender um sínodo, não é algo delegado pelos fiéis”.
“O poder de um presidente de uma nação é que ele recebeu poder do povo”, disse, enquanto “na Igreja, a autoridade vem de Cristo. É uma autoridade sagrada.”
“A autoridade de um presidente é natural, é dada a ele e pode ser tirada dele”, disse. Já “nas figuras dos presbíteros, dos bispos, é diferente. Configura a pessoa. Vai acompanhá-los por toda a vida. E ele está a serviço do povo, mas sua autoridade não depende de uma delegação do povo”.
"Vamos todos nos escutar uns aos outros. Mas é verdade que existe uma autoridade e essa mesma autoridade pode dizer 'não, não podemos impor uma questão só porque conseguimos mais um voto'. Há coisas que precisam de um certo consenso", destacou.
"Vamos nos escutar uns aos outros, mas a primeira pergunta a fazer: tudo é discutível em um sínodo?", perguntou.
“O sínodo esclarece a fé, mas não estabelece novas verdades de fé. Em outras palavras, cada novo artigo de fé que se proclame no futuro da história da Igreja será um esclarecimento do que já acreditamos”, explicou.
O padre Fortea destacou que “os concílios esclarecem. Deus já falou em sua palavra, Jesus já pregou. O que se pode fazer é esclarecer, explicar como isso se materializa em nosso tempo”.
"Não pode ser que algo seja uma verdade de fé no século V e não seja mais no século XX", disse ele.
O teólogo espanhol também alertou sobre “dois extremos” ao “organizar um sínodo”.
Por um lado, disse ele, há o desafio de uma rigidez, na qual o organizador do sínodo "não é muito sinodal e organiza tudo de tal maneira que antes de começar tudo está amarrado, e bem amarrado para que só saia o que ele quer".
"Todos nós queremos alcançar a verdade, mas se eu me apegar ao fato de que tenho a verdade e não escuto, talvez eu possa impor minha verdade", disse.
Longe de ser “uma coisa complicada”, o padre Fortea reiterou que a sinodalidade “é sentar e escutar uns aos outros”.
“Tão simples assim, mas pode ser feito errado de centenas de maneiras e com um extremo de um lado ou um extremo do outro. A rigidez ou aqui se discute até o dogma da Santíssima Trindade”.
Para o padre espanhol, não é possível “que algo seja verdade na Alemanha e não na França. Que uma coisa seja um pecado grave no Japão e não nos Estados Unidos”.
“Ao me divorciar da minha mulher, posso deixá-la porque me apaixonei por outra, sim ou não? Isso não tem discussão, é sim ou não”.
“Portanto, às vezes há um sim e um não. Por mais flexíveis que queiramos ser e muito compreensivos, às vezes há um sim e um não”.
Por isso, para que o Espírito Santo possa ser verdadeiramente ouvido em um sínodo ou concílio, é importante que os participantes sejam "homens humildes", concluiu.